Cabelo ruim? Cabelo bom? Desde quando cabelo expressa sentimento de bondade ou de maldade? O que existe é cabelo. Temos essas percepções equivocadas porque crescemos numa sociedade que costuma impor padrões de beleza construídos através de critérios preconceituosos, estéticos e acabamos por reproduzir esses conceitos sem refletir sobre o que estamos fazendo. Que bom que temos a possibilidade de mudar essa história, de sermos mais felizes como nós somos. 


Cabelo pode ser de qualquer jeito. Liso, enrolado, cacheado ou crespo. Preto, loiro, castanho, ruivo ou colorido. Longo, volumoso, ralo ou curto. Nenhum deles é mais certo ou errado, melhor ou pior do que o outro. As pessoas também podem ser carecas que está tudo bem. Com respeito aos vários estilos, todo mundo sai ganhando. Vitória da diversidade. Vitória da individualidade. Vitória do direito à originalidade. Vitória de Maria Vitória, aluna do 6º B.
 
Numa aula de Português, durante a leitura do livro Feira de Versos, no qual o autor aborda um contexto de desvalorização em relação aos cabelos de uma das personagens da história, Vitória relatou experiências vividas quando era menor, em que não se sentia feliz e nem aceitava o seu cabelo crespo e cacheado. A partir dessa inquietação, surgiu a ideia de criar o “blog real” + QUE CACHOS, abrindo um espaço de discussão e compartilhamento de experiências entre adolescentes que tiveram problemas de aceitação dos seus próprios cabelos.
 
Iniciaremos as postagens em um painel na escola, com os relatos individuais das vivências e sentimentos de várias meninas de cachos. Elas irão alimentar o painel com informações sobre o tema. Esperamos que essa experiência se amplie a toda comunidade escolar, para além dos cachos, na certeza de que iniciativas como esta fazem a diferença na vida dos alunos e alunas. Autoestima tem que ser igual a cabelo: crescendo sempre.

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